[BBB] Cheios de uma vida tão vazia 2

E o tal BBB10 acabou. O tal do Marcelo Dourado ganhou um milhão e meio de reais. A tal da Fernanda ficou em segundo e o tal do Cadu em terceiro. Para variar, vai ter umas duas ou três capas de Playboy/Sexy. A de abril é com a tal da Cacau, uma beleza ela, diga-se de passagem.

Mas o que isso muda nossas vidas? Não sei. Na minha não muda nada. Mas para uma boa parcela da população significa muita coisa. Me impressionou saber que o tal último "paredão" foi recorde mundial de votos em reality shows,com mais de 120 MILHÕES de votos. Quase o mesmo número de eleitores que temos no país. Não é para se orgulhar do nosso país?

Já tinha escrito sobre o tal BBB ano passado (clique aqui para ler). Eu sempre quis entender porque tantas pessoas perdem seu tempo para votar em quem vai sair da "casa mais vigiada do Brasil". Durante três meses, os espectadores assistem o Pedro Bial declarando suas crônicas de gosto discutível nas noites de terças para o tal "brother" que vai deixar o jogo. Assistir uma vez, por curiosidade, eu até entendo, mas ver a mesma coisa por DEZ ANOS seguidos? A MESMA COISA? Vendo pessoas de caráter discutível e sem conteúdo nenhum se degladiarem na Tv por dinheiro? SÓ POR ISSO?

Continuo sem entender. Quando o resultado foi anunciado, gritos de comemoração foram escutados aqui em Brasília. Me lembra até uma vez que eu escutei o tal "Uh é Alemão!". A discussão agora é se o fato de Dourado ter ganho o BBB10 significa que o Brasil é homofóbico. Particularmente, acho que esse fato não tem absolutamente nada a ver com a história. Mas, no fim das contas, como disse, já temos 2 capas de Playboy e teremos mais algumas nas Sexy da vida.

É, talvez o BBB não seja assim de todo ruim...

[FÓRMULA 1]Chuva + Melbourne = corridão

Gente, para quem esperava ver mais emoção esse ano conseguiu com esse GP, num circuito não tocado por Tilke (para quem não conhece, o engenheiro responsável pelos novos circuitos, que são belos e seguros, mas com um traçado que dificulta ultrapassagens, ou seja, chatos, como é o caso do Bahrein).

O treino de sábado deu pinta que as Red Bull's seriam absolutas na corrida, porém, com previsão de chuva para largada, tudo podia acontecer, e aconteceu. Como havia chovido, a pista na hora da largada estava molhada e obrigou todo mundo a largar de intermediário. Mesmo assim houve confusão, e foi logo Alonso quem começou, largou mal, rodou, ficou invertido na pista e ainda tocou em Schumacher, mas o pior foi a batida de Kobayashi, que perdeu o bico do seu BMW Sauber, bateu no muro, voltou e depois bateu em Buemi e Hulkenberge forçando a entrada do safety car. Já Massa fez uma grande largada e pulou para segundo, mas logo após a saída do safety car da pista, Webber o ultrapassou. Nessa, já estava dando pinta de uma dobradinha dos Touros Vermelhos. A se destacar também Hamilton que fez uma grande corrida, largou em 11º e saiu atropelando todo mundo, no bom sentido, foi ultrapassando gente a corrida toda, espalhou para cima do companheiro Button, enfim, foi uma grande corrida a dele, mas depois volto a falar sobre ele.

O toque entre Alonso e Shumacher logo após a largada

O ponto chave da corrida foi quando Jenson Button, na sétima volta foi para o pit e trocou os pneus intermediários pelos slicks. Eu cheguei a pensar "Vixe! A pista tá úmida ainda, já era!". Mas foi o que fez ele ganhar a corrida. Duas voltas depois, quase todo mundo foi para o box fazer o mesmo, e a decisão adiantada fez Button ficar em segundo depois que todos fizeram seu pit, com Vettel na liderança ainda e num surpreende terceiro lugar, Robert Kubica com sua Renault(!). Enquanto Alonso vinha se recuperando bem do toque no início da corrida e já estava ali na zona de pontuação e próximo dos líderes. Schumacher fez o que deu com sua Mercedes, custou para passar Alguersuari, mas conseguiu terminar a corrida em 10º, conseguiu um pontinho.

Porém, a Red Bull decepcionou novamente, com problemas no freios, Vettel passou reto numa curva, abandonou a prova e deu de presente a a primeira colocação para Button. Kubica subiu para segundo e brilhantemente segurou Hamilton que vinha na sua cola. Mas ele teve que parar novamente, assim como Webber e Rosberg. Assim, Massa e Alonso passaram a ser 3º e 4º colocados.

Hamilton de pneus novos, foi se aproximando de Alonso e a oito voltas do fim, o desgaste dos pneus dos quatro primeiros colocados, Button, Kubica, Massa e Alonso era evidente, pois Hamilton tirava até dois segundos por volta sobre Alonso. Aliás, que grande fim de corrida desses quatro pilotos, levaram o carro no braço, porque pneu não tinha mais, com destaque para Alonso que segurou Hamilton, que estava grudado atrás dele, e que por sua vez tinha Webber grudado ali também, só esperando para dar o bote. Mas andar tão perto tem seus riscos, em uma manobra de defesa, Alonso obrigou Hamilton a tirar o pé e Webber bateu nele, tirando os dois da pista. Rosberg se deu bem, pulou para quinto. Hamilton ainda conseguiu a sexta posição e Webber terminou apenas em nono.

E terminou assim com Button, Kubica(!) e Massa no pódio. A Renault para mim foi a maior surpresa, mas ainda acho que foi mais por mérito do Kubica do que pela melhora do carro, esperemos para conferir nas próximas etapas.

Kubica e Hamilton

E termino o post pedindo desculpas pelo tamanho maior do que o usual, que só é sinal de como foi boa a corrida, muito mesmo, daquelas para quem é fã de corrida se arrepender de ter perdido, valeu muito a pena acordar às 3 h para assistir. Depois dessa etapa, Alonso lidera o campeonato com 37 pontos, seguido por Massa, 33 e Button 31.


A próxima etapa será o GP da Malásia, já na semana que vem, acho que não será tão emocionante quanto o da Austrália, já que é um circuito com o dedinho do Tilke. Mas estarei lá para conferir e contar para você que não acordam de madrugada para assistir corridas.

Então, até Sepang!

[FUTEBOL] Forte e Vingador a 102 Anos

Quem é atleticano sabe e entende o pequeno texto a seguir. Para não passar em branco, segue um pequeno texto retirado do site FUTEPOCA.

Galo 102 Anos

Sou daqueles que ainda capazes de chorar com o hino.

Que acaba casamento em dia de rebaixamento.

Que fica irracional em frente à TV.

Que xinga juízes e bandeirinhas.

Que é totalmente parcial no futebol.

Que não usa a cor do adversário em dia de jogo.

Que reclama até hoje do Arnaldo, do Wright...

Que lembra do braço erguido de Reinaldo.

Que viu 1 milhão de vezes o gol de Dario.

Que é torcedor do Clube Atlético Mineiro.

Uma vez até morrer....

Galo, 102 anos. Hoje.

 

 Na foto, Marques e Guilherme, maior dupla de ataque da história...

[MÚSICA] O Sol Sempre Brilha na Tv

Nos agora longínquos anos 90, bem no início mesmo, aconteceu um festival no Rio de Janeiro chamado "Rock in Rio 2" que apresentou várias bandas e cantores que estavam no auge naqueles tempos. George Michael, Prince, Guns N' Roses, Megadeth, entre outros. E, no meio desses, um trio norueguês, que é considerado o pioneiro no chamado "SynthPop", colocava seu nome no Livro dos Recordes. Mais de 190mil pessoas pagaram ingresso para assistir ao show do A-Ha no Maracanã, o maior público já registrado num evento musical. Nessa mesma época, o A-ha lotou vários outros estádios no país, inclusive o Mané Garrincha, aqui no DF. Depois de muito sucesso, terminaram, voltaram e agora se despediram dos fãs numa turnê mundial, que, inexplicavelmente, aportou mais uma vez na cidade.

Antes de mais nada, farei uma confissão. Um exercício interessante que eu tenho feito ultimamente é tentar entender como funciona a cabeça do pessoal que organiza shows no Distrito Federal. Inicialmente, o show estava marcado para o Centro de Convenções, que foi reformado recentemente e possui um auditório daqueles. Mas mudaram para o Ginásio Nilson Nelson, conhecido pela péssima acústica para shows. Mas enfim, lá cabe mais gente, tentaram ganhar uns trocados a mais, porém esqueceram de vender os ingressos que sobraram. A parte superior do ginásio ficou completamente vazia. Vai entender esse povo...

Ao contrário de uma semana antes, quando o último Bad Boy do Rock n' Roll apareceu na cidade com uma hora e meia de atraso (clique aqui para ler como foi), o profissionalismo reinou e o trio entrou as 22:10 (o show estava marcado para as 22hs). Da primeira à sexta canção, pouca gente cantava. Eram as músicas novas, compostas na volta da banda em 2000, com o disco "Minor Earth Major Sky". A partir daí, quando as músicas da fase clássica da banda foram tocadas, o público se agitou. Lá pelas tantas, o vocalista Morten Harket avisou aos presentes que estava com uma infecção na garganta e por isso que não conseguia cantar as músicas mais altas, quando não dava umas desafinadas de vez em quando. Mas mesmo assim, ele continuava cantando PRA CARAMBA! Não sei o que ele fez, mas eu quero saber como manter a voz daquele jeito mesmo com a tal infecção.

E aí vieram os clássicos, os hits da banda. E tome Move to Memphis, The Blood That Moves the Body, Stay on These Roads, Scoundrel Days (cantada em plenos pulmões pelos presentes, já que Morten não conseguia), I've Been Losing You, e vários outros. O bis contou com a balada Hunting High And Low, que dá título ao primeiro disco da banda, e The Sun Always Shine on Tv, que dá título a esse post. O segundo bis veio com a mais que clássica "Take on Me", que quase pôs o ginásio abaixo. Só por terem tocado essa música, valeu o preço salgado do ingresso. 

Showzaço!!!

[FÓRMULA 1]50 anos

Só para deixar registrado por aqui, hoje Ayrton Senna completaria 50 anos de idade. Engraçado como até hoje, mesmo depois de 16 anos da sua morte ele continua sendo um dos maiores ídolos brasileiros, mesmo para quem nunca viu Senna correr.

Senna é lembrado por muito em todo o mundo como um dos e as vezes como o melhor piloto que já correu em todos os tempos, desde sua fantástica atuação no seu ano de estréia em 1984 como a pequena Toleman, conseguindo resultados jamais imaginados por aquela equipe.

Depois correu pela Lotus até 87, mas não sei se com vocês, mas pelo menos comigo, o carro que mais me marcou foi aquela McLaren branca e vermelha. Conquistou seu primeiro título em 88, esse não acompanhei, comecei a acompanhar Fórmula 1 em 1990, que foi justamente o ano do bi-campeonato dele, lembro do "leve toque" que Senna deu em Prost na útlima corrida, levando os dois a abandonarem a prova e dando o título a Senna (coisa parecida ocorreu no ano anterior, mas foi Prost que tocou Senna e levou o título).

Senna em Spa-Francochamps, em 91

Deixando esse "aqui se faz, aqui se paga" a parte, acabei sendo pega por esse esporte e comecei a acompanhar todas as corridas desde aquele ano. E me prendi ainda mais depois daquela vitória fantástica de Senna no GP do Brasil de 91, que foi a primeira vitória dele no Brasil, com um marcha só, na época pensei "esse cara é o cara".

Foram muitas e muitas demostrações do talento desse cara que na época já me deixavam de boca aberta, e hoje, adulta e entendendo um pouco mais, ainda me entusiasma, quando vejo os vídeos.

Bem, ele faz falta para quem gosta de automobilismo. O que será que ele estaria fazendo hoje se estivesse vivo? Enfim, nã dá para saber, o que fica então são as boas lembranças das grandes corridas dele e essa pequena homenagem a ele, até porque acho que homenagens no dia do de nascimento são mais legais do que no dia do aniversário de morte não?

Fechar com um vídeo com a última volta da última vitória do Senna no Brasil em 93.

[FÓRMULA 1] E começou!

É gente, não morri, fiquei sumida uns tempos, mas cá estou de volta, ainda mais agora que a temporada começou, assunto é que não vai faltar por aqui não é mesmo?

Depois de uma pré-temporada na Espanha com domínio de Ferrari, Red Bull e McLaren, seguida por Mercedes e Williams, a corrida refletiu mais ou menos o que já se vinha prevendo: Ferrari, Rede Bull, McLaren e Mercedes nas oito primeiras posições com uma boa briga entre Williams e Force India no restante do pelotão.

A corrida foi interessante, algumas ultrapassagens, boas disputas no geral, mas nada de grandes surpresas. As equipes pequenas aos poucos foram abandonando a corrida, o primeiro foi Chandhok, depois DiGrassi, Kobayashi, Petrov (eh laiá Renault!), Glock e Senna. De La Rosa foi o último a abandonar na volta 30. Destaque para Lotus que conseguiu levar seus dois carros até o fim da corrida, uma grande vitória para uma equipe pequena, que está começando esse ano e não participou dos treinos de pré-temporada.

Lá na frente a coisa não mudou muito durante a corrida. A definição da corrida ocorreu na largada, quando Massa largou mal e Alonso o ultrapassou. A coisa ficou quase a corrida toda: Vettel, Alonso, Massa, alternando melhores performances, nem os pit stops mexeram muito na corrida. Mas já quase no fim, Vettel perdeu ritmo de corrida e foi facilmente ultrapassado por Alonso e em seguida por Massa. Hamilton ganhou de lambuja um lugarzinho no pódio e Vettel mal chegou em quarto, com Rosberg (que por sinal chegou na frente do seu companheiro heptacampeão) na sua cola. Assim que cruzou a linha de chegada encostou o carro.

Completando os dez primeiros, logo atrás de Rosberg, Schumacher, Button, Webber, Liuzzi, mostrando que a Force India está com um ritmo bom esse ano, e Barrichello em décimo. O coitado do Kubica, chegou em 11º. A Renault começou o ano meio como imaginei, mas pelo bem do Kubica, espero que ela melhore ao longo do ano, pois no fim das contas, foi só a primeira corrida. A próxima será dia 28 de março em Melbourne, sem o calor escaldante do deserto do Bahrein. Até lá, prometo que não desapareço mais.

Foto legal que foi tirada esse fim de semana com todos os campeões vivos. Faltou só o Piquet e o Raikkonen.

[FUTEBOL] Lá em Chapecó...

Cleber Machado, famoso narrador esportivo, em suas muitas intervenções durante suas transmissões esportivas, falou algumas vezes que "o futebol é mesmo fascinante", provocando risos nas redes sociais espalhadas pela internet. Apesar do clichê, essa frase mostra realmente o porque que todos nós, torcedores do esporte bretão, amamos tanto esse jogo. Mais uma prova disso foi o jogo de ontem do Galo, pela Copa do Brasil. Galo em cima, Chapecoense na retranca, mas o time catarinense que levou a melhor.

Até ontem, a Chapecoense estava na lanterna do Campeonato Catarinense, com apenas um ponto em quatro jogos no returno. Trocou de treinador e fez "promoção" de ingressos para atrair os torcedores. Com os ingressos que beiravam os R$50 o mais barato, a festa começou com discurso do prefeito (ou algum outro político da região), fogos de artifício e Hino Nacional antes da partida. Ou seja, tinha tudo para o Galo sair vencedor e garantir a classificação para a próxima fase ali mesmo.

Mas esqueceram de avisar a Chapecoense, que veio com uma marcação forte, igual a marcação exercida pela Caldense no último domingo. Porém, ao contrário do time de Poços de Caldas, a Chapecoense conseguiu um gol logo no primeiro tempo, pelos pés do atacante Sagaz, que fez jus ao nome. Aliás, fica aqui um protesto solitário desse blog. Só vi o gol pela internet (clique aqui e veja os melhores momentos) porque a emissora de TV detentora dos direitos de transmissão resolveu que é mais importante passar Univ. do Chile x Caracas do que passar um jogo da Copa do Brasil. Vai entender.

Depois do gol, o time catarinense chegou com perigo mais uma vez, e depois disso só deu Galo. Ou pior, só deu a incompetência do Galo. O time perdeu várias chances, algumas inacreditáveis, com Marques e Obina, por exemplo. Renan Oliveira parece que está querendo calar a boca dos críticos (inclusive desde que vos fala) e jogou bem, mas as deficiências do time se mostraram bem mais claras. Júnior é um excelente jogador, porém não consegue mais correr como corria na época de Palmeiras e São Paulo. Evandro é carta fora do baralho e é inacreditável que ainda faça parte do elenco do Galo. Tinha que ter saído do time junto com Éder Luís e Thiago Feltri e ganhar a vida fora de MG. Muriqui estava em péssima noite e perdeu um gol no início que faria toda a diferença no jogo. E Obina mais uma vez provou que é apenas mais um jogador folclórico, talvez o maior da atualidade, mas futebol, está devendo.

Sugiro ao Luxemburgo que comece a olhar pra base do Galo. Renan Ribeiro no gol, Samuel na zaga, Wendell no meio. São jogadores que podem render mais. Ficar insistindo com gente que já teve mil chances e não aproveitou é de acabar com a paciência da Massa.

[MÚSICA] Dica musical do dia: Café Colômbia

Banda de rock indie do Ceará, é isso mesmo! Café Colômbia é um power trio que faz um som agradável e, no mínimo, inesperado para uma banda do nordeste, o que a globalização e a internet são capazes de fazer, né?

A primeira audição dessa banda te leva logo para o mundo indie, com guitarras com pouca distorção e batidas bem marcadas, lembra até um pouco de The Strokes do começo. O legal é quando começa o vocal, ai sim! Você saca o sotaque, que misturado com a levada deixa o som da banda único.

A novidade, que eu não curti muito, mas musicalmente deu uma força maior para banda é que eles não são mais um powe trio, eles resolveram colocar mais um guitarrista. Prefiro a formação com três pessoas, isso deixa a banda mais crua. Mas com outra guitarra, o vocalista ficou com mais liberdade para criar vocais mais elaborados. Bom, ouçam e depois comentem o que acharam! Boa audição a todos!

A banda agora é: Felipe Lima (Voz e guitarra) / Camila Matos (Guitarra) / Lucas Jereissati (Baixo) / João Luis (Bateria).

Abraços e até quarta que vem!
Filipe

[FUTEBOL] O Garoto Voltou a Marcar

O Galo goleou a Caldense, a veterana de Poços de Caldas, por 4x0, no Mineirão nesse sábado. Com um time muito forte, a Caldense nem deu pro cheiro. Estava claro, desde o início, que o Galo só não ganharia esse jogo se fosse MUITO incompetente.

O primeiro tempo não teve muitas emoções, estava claro que a Caldense exercia a marcação homem-a-homem e não deixava o Galo jogar. Como Luxemburgo joga com 3 atacantes e não contava com o artilheiro Tardelli, escolheu Renan Oliveira para substituí-lo. Acontece que Renan é meia de origem, e não atacante. Como há um bom tempo ele não rende como meia, o jeito foi testá-lo jogando um pouco mais a frente. Deu certo, em parte. Temos que lembrar que estávamos jogando contra a Caldense. Um pouco antes de marcar o primeiro gol, o Galo acertou duas bolas na trave da Caldense, além de perder um gol feito com Fabiano. Mas aí Renan, com o talento que carrega nas veias, colocou no ângulo um lançamento quase que sem querer de Cáceres, inaugurando o placar. Apesar do gol, o Galo jogava de forma sonolenta.

No segundo tempo, a Caldense cansou e Luxemburgo mostrou porque é o técnico mais vitorioso do futebol brasileiro, acordando o time no intervalo. Mesmo insistindo com Evandro (que entrou no lugar de Ricardinho machucado), o time voltou mais ligado. Fabiano fez um golaço (que com certeza estará na lista dos mais bonitos do Linha de Passe da ESPN na 2ª-Feira). Renan Oliveira (em impedimento) se mostrou presente de novo ao cruzar para Obina marcar seu primeiro gol no Mineirão com a camisa do Maior de Minas, além de cruzar mais uma vez para Fabiano marcar o segundo dele na partida. No fim, como disse, 4x0 Galo, que mostra a reação do time no campeonato, mas não mostra se o time realmente está bem. Lembremos sempre que jogamos contra a Caldense, que luta contra o rebaixamento. Veja como foi o jogo na Tv Galo.

Renan é um jogador de muito futuro, mas tem que mostrar seu futebol contra times grandes, na Série A do Brasileiro. Não adianta jogar muito contra a Caldense e nada contra o Flamengo, por exemplo. Luxemburgo sabe que ele tem tudo para se tornar um grande jogador. Falta sequência de boas partidas. Ao menos o "pofexô" está dando chances. Tomara que ele aproveite.

[BIBLIOTECONOMIA] Feliz Dia do Bibliotecário!

Hoje, sabe-se lá por qual motivo e quem decidiu, se "comemora" o dia do bibliotecário, essa profissão que é tão desacreditada no país onde só se é razoavelmente respeitado se você for da tríade "médico, engenheiro ou advogado". 

"Ou não..."

Enfim, nós bibliotecários sabemos que somos deveras importantes na cadeia do conhecimento, porém quase ninguém fora de nossa área tem essa noção. Poderiamos ficar lamentando esse fato, mas sugiro a todos os colegas que gritem "F%&-SE" e sejam felizes na profissão escolhida, já que, apesar de todos os problemas, tem gente que gosta e que curte muito ouvir usuário reclamando que a biblioteca não tem nada daquilo que ele quer, mesmo ele não sabendo explicar o que quer.

Feliz dia do Bibliotecário para você colega, e lembre-se de nosso juramento, retirado do Blog  Portal do Bibliotecário, do meu amigo Filipe, que escreve sobre música neste blog semanalmente às quartas-feiras. 

“Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecario, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana.”

[MÚSICA] Dica musical do dia: Toe

Música instrumental diretamente do Japão! Banda independente que descobri graças aos blogs e rede sociais disponíveis ai na Internet. Toe é uma misturada só, mas a influência de jazz é clara. Os caras são muito criativos e a audição é muito fácil, eu pelo menos curti na primeira.

Olha as figuras ai! Quem quiser visitar o myspace da banda é só clicar aqui e ouvir as músicas diponibilizadas lá, para quem gosta de música instrumental é um prato cheio. O site oficial da banda que trás entre outras coisas a discografia, fotos, release e um blog bem legal. Você pode acessar aqui, ouçam e me falem o que acharam!

Aquele abraço e até quarta que vem!
Filipe

[MÚSICA] Bem Vindo a Selva

Voltemos um pouco no tempo. Estamos no ano de 1992. Você acaba de ganhar de natal um som estéreo daqueles que até "luzinhas" tinha para abrilhantar o ambiente. Você vasculha os arquivos da sua casa e descobre uma fita escrita com caneta Bic: "Guns N' Roses". Você ouve a tal fita e fica completamente pirado, a ponto de arrumar a fita original de algum jeito e saber que aquelas músicas se chamavam "Welcome To The Jungle, It's So Easy, Nightrain"... Meses depois, chega em seu poder uma fita de vídeo com os melhores momentos do Hollywood Rock/92, um conhecido festival que rolava na época, cuja atração principal era uma banda que tocava direto na recém inagurada MTV Brasil (sim, naqueles tempos a MTV passava clipes e shows). A música se chamava "In a Darkened Room" e levou a loucura milhares de adolescentes naqueles tempos pré internet. Falo isso porque em menos de 2meses, eu assisti 3 bandas que eu escutava quando menino e que jurava não iria ver de novo, muito menos em Brasília. Voltemos então aos dias atuais.

Você leu aquele meu post que falava do show do Metallica (clique aqui para lembrar)? Pois é. O sentimento foi quase o mesmo. Eu digo quase por um motivo simples. Numa turma efestada por metaleiros, ouvir Skid Row e Guns N' Roses era praticamente uma heresia. Me lembro como se fosse ontem de um diálogo que presenciei nos meus 15 anos, quando me preparava para ir a São Paulo assitir ao show do Iron Maiden (na época com Blaze nos vocais), com Skid Row abrindo:

- Vai ser massa esse show do Iron. Pena que vai ter Skid Row de abertura.

- Mas o Marcio disse que Skid Row é legal.

- Mas o Marcio só gosta de porcaria.

Curiosamente, vi alguns desses personagens no show de ontem. Como diria o filósofo, o mundo dá voltas que ninguém entende...

Pra variar, é IMPRESSIONANTE como a falta de organização ainda persiste nos espetáculos em Brasília. Ao chegar na porta do ginásio, dava pra ver NITIDAMENTE que tinha mais gente que espaço. Inventaram essa palhaçada de "Pista VIP/Pista Normal" que até hoje eu não consigo entender. E passar HORAS em pé não é, definitivamente, o jeito mais legal de curtir um show.

Cheguei um pouco antes do show de Sebastian Bach. Às 8:30 rolou o show do "arroz de festa" chamado Khallice, banda brasiliense de "progmetal" (seja lá o que isso for) que abre praticamente todos os shows de bandas grandes no Distrito Federal. O mais interessante é saber que NINGUÉM no ginásio foi avisado desse show. Mas enfim, tocaram, mostraram toda sua habilidade e virtuosismo (que, pra mim, não existe nada de mais chato) e foram embora. Até o próximo show de abertura!

Aí entra o grande Sebastian Bach, famoso por ter sido vocalista do Skid Row e agora segue em carreira-solo. Em um set de uma hora, mais ou menos, desfilou sucessos de sua antiga banda e músicas inéditas. Foi um show dos mais marcantes, já que estavam no meio do set músicas como "Youth Gone Wild", "18 and Life", "I Remember You" e "Monkey Business", todas do auge da sua antiga banda. Ganhou o público, ainda mais quando pedia gritos de "Guns N' Roses" aos presentes.

Então, a ansiedade tomou conta das 13mil pessoas que foram ao Nilson Nelson. Porém, Axl resolveu mostrar suas asinhas e lembrar a todos porque é considerado o último rockstar autêntico que se tem notícia. Demorou exatos 90minutos para entrar no palco, como fazia antigamente. O cansaço já era grande quando os primeiros acordes de "Chinese Democracy" começaram a indicar o início do show. Quando Axl pisou no palco, já era segunda-feira havia 15 minutos.

Seria mais digno para Axl tocar sob seu nome ao invés de usar a alcunha "Guns N' Roses". O som do novo Guns não lembra em nada do velho. Hoje, o som da banda lembra muito mais Nine Inch Nails do que a mistura Rolling Stones/Aerosmith que sacudiu o mundo 25 anos atrás. Slash, talvez o maior guitarrista da década de 90, faz tanta falta ao grupo que o chefe recrutou 3 guitarristas-solo para substituí-lo. Um deles, inclusive, usava um instrumento extremamente interessante: uma guitarra de 2 braços, sendo um braço normal e outro fretless (sem trastes). Isso é comum com baixos, mas guitarras, é a primeira vez que vi. Destaque também para a completa incompetência dos técnicos de som que foram incapazes de conseguir colocar a voz de Axl num nível escutável. Só quando ele dava seus tradicionais gritinhos que era possível escutar alguma coisa. A banda tocou praticamente todo o primeiro disco "Appetite for Destruction", boa parte do último "Chinese Democracy", além das baladas clássicas "Patience" e  "November Rain", e os covers "Live and Let Die" e "Knocking on The Heaven's Door", essa música, para mim, o ponto alto do show.

Depois de encerrar com "Paradise City", Axl pediu desculpas pelo atrasos aos "garotos que tem que ir a escola amanhã". Eu, que não estou fazendo nada pela manhã, até desculpei, mas o garoto do meu lado definiu bem: "É, amanhã eu vou chegar as 7:15 pra aula e ele vai dormir até meio-dia". 90% do Ginásio saiu correndo porque hoje era dia de trabalho. E todos saíram com aquela sensação de que faltava algo na banda (ouso dizer que esse "algo" que faltava se chama Slash). Um bom show, mas nada mais. Talvez se fosse "Axl Rose e Banda", as cobranças seriam menores...

[FUTEBOL] No sufoco

Em uma situação das mais inéditas, o Galo jogou contra o Democrata-GV em situação pior na tabela. Ou seja, para desespero da nação alvinegra, o Democrata-GV, 3º colocado na tabela de classificação, jogou hoje como favorito, diante de poucos mais de 11 mil atleticanos (e uns 5 ou 6 nativos de Valadares) que compareceram ao Mineirão.

Mas como é de se esperar, o Galo foi pra cima, porque sabe que tem que vencer de qualquer custo, ainda mais jogando em seu estádio. O Democrata-GV jogou do jeito que se espera dele, ou seja, como time pequeno. Entrou com 4 volantes no meio de campo, um lateral improvisado de meia-atacante e apenas um jogador de área, a "Pantera" tentou jogar nos contra-ataques, sabendo que o Galo viria pra cima a todo custo. E quase conseguiu o que queria.

Luxemburgo deu mais uma chance a Renan Oliveira. E ele desperdiçou mais uma vez. Talvez a grande promessa não passe de um jogador comum, que some quando mais precisamos dele. Sem Tardelli e Correa, o meia foi escalado e decepcionou mais uma vez. Ricardinho ainda joga muito, porém está com mais de 30 anos e isso pesa. Destaque do jogo foi mais uma vez a zaga gringa, Jairo Campos e Julio Cesar Cáceres, que garantem o resultado lá atrás. Obina, muito marcado, pouco produziu. Júnior garantiu a vitória, numa bela jogada iniciada por Marques.

Agora, o grande problema continua sendo o goleiro. Carini, mesmo sendo jogador de seleção (do Uruguai, apesar disso não ser lá essas coisas), chegou, ganhou a posição mas não consegue se firmar. Depois de uma providencial contusão muscular, boatos de que ele estaria negociando sua volta ao Peñarol são cada vez mais fortes, até porque o meio-campista Mendez, da LDU, está negociando sua vinda a Belo Horizonte, fazendo o Galo ficar com mais de 3 estrangeiros. E Aranha, definitivamente, não é o mesmo goleiro que foi eleito o melhor da posição no campeonato paulista do ano passado. No jogo de hoje, saiu DIVERSAS VEZES "catando borboleta", como se diz lá no interior. Tanto que a torcida passou a gritar o nome de Renan Ribeiro, o jovem goleiro atleticano que é titular da seleção sub-20.

Por causa desse jogo (clique aqui para ver os melhores momentos), a Massa tem muito o que se preocupar. Jogando desse jeito, passando sufoco, Libertadores ano que vem (o objetivo do "profexô") vai ser muito, mas muito difícil...

[MÚSICA] Dica musical do dia: Zander

Mais uma banda nacional, diretamente do Rio de Janeiro. Tem como frontman um cara chamado Gabriel Zander, o Bil. Na minha opinião um dos caras mais fodas do rock no Brasil, se mantém na cena independente a vários anos e mesmo assim continua atraindo a molecada para bater cabeça nos shows.

Gosto muito das letras da banda, alguns arranjos não sou tão fã porque ficou muito 'malhação'. Para ouvir um pouco do som dos caras é só ir no myspace da banda. O site oficial do Zander fica aqui lá você encontra tudo sobre o Zander: fotolog, comunidade no orkut, site no Trama Virtual, etc. Sugiro também que o pessoal ouça as outras bandas que o Bil já participou como: Noção de Nada (principalmente), Discoteque e Deluxe Trio.

Abraço a todos e até quarta que vem!
Filipe

[FUTEBOL] Agora é Aguentar na Copa

Alguém se lembra da Copa de 1990, na Itália? Ou pelo menos da Seleção Brasileira daquela Copa? Esse time é considerado (DISPARADO) o pior time que a CBF mandou a um Mundial. Com um técnico dos mais limitados, com somente três títulos cariocas no currículo (apesar de ter conseguido acabar com um jejum de 40 anos sem títulos da Copa América), Lazaroni armou um time aos moldes dos PIORES times europeus, jogando com líbero e tudo mais, e caiu nas oitavas-de-final num jogo que a Argentina realizou apenas uma jogada, um passe genial de Maradona para o gol de Cannigia. Injustamente, Dunga levou a culpa pela pífia campanha naquele mundial (aliás, Mundial esse que é considerado o pior da história, fazendo até que as regras do futebol fossem mudadas). A "Era Dunga" nascia naquela tarde em Turim.

Como o mundo dá voltas que ninguém entende, metade daquele time de 1990 estava em 1994. Inclusive o Dunga, capitão daquela seleção. Com um futebol eficiente, porém dos mais feios, Parreira colocou seu nome na história graças a Taffarel, Bebeto, Romário e... Dunga.

Talvez por isso, o nosso técnico-anão prefere o futebol-força ao futebol-arte. Com habilidade e toque de bola, nosso futebol encantou o mundo e ditou regras. Agora, depois que fomos superados pela força em algumas oportunidades (a mais dolorosa contra a Itália em 1982), os técnicos acham que o futebol não precisa de jogadores habilidosos. Dunga prefere jogar com 3 volantes no meio, sem nenhuma criatividade. Lazaroni jogava com 3 zagueiros e 2 volantes, também sem nenhuma criatividade. Ao invés de Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Mauro Galvão, além de Dunga e Alemão no meio, hoje temos Felipe Mello, Gilberto Silva e Ramires,  com Elano de reserva. Pois é, a seleção de 2010 tem tudo para ser igual aquela seleção de 1990. Não no conjunto, já que a atual é muito melhor que a antiga. Mas aquele futebol pragmático de outrora tem tudo para serrepetido.

No jogo contra a Irlanda (veja aqui os melhores momentos), deu pra ver que o grupo está fechado. Ronaldinho e Alexandre Pato estão praticamente fora. O meio-campo operário está dentro, junto com Kaká, Robinho e Adriano, talvez deles sairá a pouca criatividade dessa seleção. Dunga é capaz de voltar campeão do mundo, jogando um futebol que não agrada quase ninguém, só ele. Será que temos que nos acostumar a isso de vez?

É, acho que aquela "Era Dunga" não está totalmente enterrada não...

[FUTEBOL] Turbina!!! Ou Não...

Quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010. Obina marca 5 gols e entra para a historia do Galo por fazer parte de um seletíssimo grupo de jogadores alvinegros que marcaram esse número de gols numa só partida.

Domingo, 28 de fevereiro de 2010. Obina faz 3 gols e pede a música nos gols do Fantástico. Em uma semana, ele marcou 8 gols em duas partidas. Motivos para comemorar? Sim, mas com ressalvas.

Afinal, todos conhecemos quem é esse jogador. Foi "ídolo" do Flamengo, onde fazia alguns gols e a mídia carioca fazia o papel de colocá-lo num pedestal de mármore. Foi para o Palmeiras, onde saiu, literalmente, brigado com um companheiro de elenco. De lá, voltou ao Flamengo por alguns dias quando assinou com o Galo. Até agora é o artilheiro do Galo no ano, com 10 gols. Ou seja, um jogador assim não deveria ser festejado?

Obina me lembra muito Dadá Maravilha. Todo mundo sabia que Dadá não jogava nada, mas fazia gols. E muitos, fez quase o mesmo número de Pelé (faltou uns 100 ou mais, mas isso é detalhe). Todo mundo via em Dadá um jogador folclórico, que sempre estava de bom humor e contava piadas toda hora. Obina também é assim e em todos os times que passou sempre é lembrado muito mais por isso do que por seu futebol. Até agora, só marcou contra equipes menores e o Galo ainda está em 6º lugar. Portanto, não podemos acreditar que Obina é nosso salvador da pátria.

Luxemburgo ainda não mostrou que vale o que ganha. Obina nos garantiu algumas risadas. Tardelli parece que se esqueceu do futebol do ano passado. E ai? O que podemos esperar desse ano?