sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ficou Longe

Eu sempre digo, e sempre direi, que o Galo é minha pior ex-namorada, aquela que você fala que "não vai nunca mais pegar aquela estúpida", mas é só dar um mole que você volta mansinho. Hoje, no Maracanã, o Galo foi completamente envolvido pelo Fluminense, lanterna desde o começo do campeonato. Já é uma tradição atleticana levantar as últimas equipes dos campeonatos. Veja aqui os gols da partida (clique aqui). Agora é ir pra cima do Goiás e torcer contra todo mundo mais uma vez.

Dá pra ver na cara dos jogadores do Galo que eles estão ansiosos. Mas até hoje eu não entendi porque que o Celso Roth escala o Jorge Luiz. Fez o penalti e ainda foi expulso. Desse jeito, as coisas ficarão ainda piores. Minha esperança é que o Benitez vai entrar no lugar dele contra o Goiás. Ou seja, pelo menos um bom zagueiro teremos no próximo jogo.

No mais, acho que vou pra Goiânia ver a peleja. Alguém anima?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Minhas Férias!!!!

Era uma vez todas as crianças que um dia passaram pelo pré-escolar. No primeiro dia de aula, a tia-professora chegava, dava bom dia pra turma e pedia uma redação sobre as férias. Tem até um email rodando na internet cujo aluno reclamou dizendo que o tema era batido até demais (uma espécie de "Meu Erro" das redações). Pois bem, após ficar um tempão fora de internet e assistir pouca televisão, resolvi escrever na volta das postagens no blog sobre esse tema, mas se enganam aqueles que pensam que meus dias foram de farra descontrolada 24hs por dia. Passei dias tranquilos, mas mesmo assim tive algumas historinhas pra contar...

Saio de Brasília em direção a Lajinha-MG no sábado. Tomo meu Dramin pra aguentar a viagem de 18hs e inexplicavelmente o efeito veio lento, quase parando. So fui dormir depois de umas 6hs de olho completamente aberto e sem sono algum. Acho que comprei um Dramin generico sem perceber. Enfim, chego na bela cidade mineira e meus dias se basearam, basicamente, em duas ações: comer e dormir. Só e somente só. Voltei de lá com alguns kilos a mais, com certeza. Vale a menção do dia que eu me aventurei num forró em Chalé, outra cidade distante 10km de Lajinha. Faz o Pamonhas e Batatas ser praticamente um Faisano...

Depois de uns dias, vou pra BH, cidade conhecida por ser sede do Galo. A viagem já começou interessante. Saio de Lajinha às 3hs da tarde, mais ou menos, quando percebo que o marcador de combustível estava zerado. Encho o tanque, nada muda. Ou seja, parada na concerssionária. 300 contos mais o dinheiro do ônibus pro mecânico, carro arrumado, vamos pra estrada. Só que já eram 6hs da tarde, e pegar estrada a noite é algo que sempre me recomendaram NÃO fazer. Ainda mais com um Celta 1.0, que de tão econômico não gastou nem metade do tanque em uma viagem de poucos mais de 300km. Outra coisa que eu NÃO recomendo é dirigir numa cidade sem a MENOR noção de direção. Nunca dirigi em BH, nunca morei lá, mas é claro e notório que eu aumentei minha capacidade de direção em muitos porcentos depois dessas férias. BH tem tantos morros que você aprende na marra a fazer controle de embreagem e outras técnicas de direção.

Depois de BH, vou para Guimarânia-MG, cidade da minha mãe. Ela fez promessas para mim e para meu irmão. Faria a festa de Nossa Senhora do Rosário se meu irmão conseguisse ser delegado e eu conseguiria dar um jeito na minha vida. Como todos sabem, só uma das promessas se concretizou, hehehehe. Fui lá e desfilei com minha mãe e meu pai pelas ruas dessa cidade que mais parecia uma vila. Destaque para o sanfoneiro do cortejo que fazia versinhos legais, sempre acompanhado pelo gritinho dos companheiros de cortejo. "Vamos simbora almoçar!!! AAAAAAAAAAAAiá!!!" Se tiver um video eu posto pra vocês...

Antes de ir, meu chefe me liga e fala que eu não assinei meu ponto. Mas que burro!!! Tive que voltar pra Brasília pra assinar o ponto. Saio de Patos (parece que Guimarânia só tem ônibus pra Patos ou Uberlândia, pra vocês sentirem o drama). Chego as 6hs, vou à UnB, assino, volto pra casa, diminuo a mala, pego uma promoção da Gol e volto pra BH. Fico até o dia seguinte, vou pra Ouro Preto, encontro as informações que eu tento procurava, pego um ônibus de volta pra BH e pego outro de volta pra Patos. Tudo isso em menos de 6hs. Maratona pra mim vai ser fichinha.

Chego em Patos, pego um táxi, e vejo um outdoor anunciando uma festa do pijama, tradicional por lá. Pergunto pro taxista se ele conhece a tal festa (pergunta idiota, até porque numa cidade pequena todos conhecem todos os acontecimentos). Surpreendo-me com a reação do taxista. "ESSA FESTA SÓ TEM VAGABUNDA. AS SOCIALITES DE PATOS VÃO TUDO PRA ESSA FESTA SE MOSTRAR. SÓ TEM GENTE SEM VERGONHA." Quando argumentei que muita gente ia, "até as minhas primas", ele se revoltou mais ainda. "FALA PRA ELAS NÃO IR NÃO!! SÓ TEM GENTE QUE NÃO PRESTA, MENINA QUE NÃO PRESTA." Ai perguntei se ele já tinha ido, disse que não mas um "amigo" foi, e engravidou uma menina de 18 anos. "E agora paga duas famílias." Parece que tudo se encaixou quando ele disse isso. Ainda fui visitar minhas tias de Patos que há muito eu não via. Reencontrei primos e primas que não via tinha muito tempo. Talvez tenha sido a primeira vez que eu saia de Patos com vontade de voltar. Um dia eu volto. Ou não...

Pois é, é isso. Tem mais coisas que eu fiz, mas agora eu não tô lembrando. Ainda estou de férias até 3ª feira, então, quem quiser me ver até lá, dá uma ligada. Fiz muita coisa fora de Brasília, agora eu tô afim de fazer por aqui... :)

Até a próxima...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

FÉRIAS!!!!

Depois de correr atrás do trio elétrico em Salvador em fevereiro, ir deslizando num barquinho chamado Soberano dos Mares e descobrir que o Rio de Janeiro continuava lindo, eu estou entrando em merecidas férias. Por isso, este blog ficará inativo por uns 20 dias. Irei para a região metropolitana de Patos de Minas-MG e para a região metropolitana de Ibatiba-ES. Tentarei ficar em OFF durante esse tempo, porque eu mesmo acho que fico tempo demais no PC. Tentarei ler os muitos livros que ainda faltam porque sou daqueles que compra livros e não lê 90% deles. Aliás, eu estou vendendo alguns títulos, se quiserem saber quais entrem em contato...

Mas antes, abrirei, quando voltar, a inscrições para novos autores do blog. Inclusive, queria ver até a possibilidade de mudança de nome, já que esse nome às vezes não me agrada. Portanto, se você quiser postar seus textos no Simples Capital, entre em contato.

No mais, falou, até mais, se der mando um postal pra todos vocês...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dia 2 de outubro

Por mais que existam técnicas de lipoaspiração, botox, raio laser e o escambau, quanto mais o tempo passa, mais percebemos que nossas vidas mudam. E eu acho que saber se comportar perante essas mudanças é o grande desafio da humanidade.

Poucos (ou muitos) sabiam que sexta-feira foi meu 29º aniversário. Durante anos briguei com o tempo por não saber como agir a cada novo ano que eu ganhava. Durante vários anos pensei que já estava velho e hoje acredito que tenho muitas coisas ainda por viver. Mas só consegui observar tais coisas quando alguns fatos aconteceram nos últimos 3,4 anos.

Sou bibliotecário de formação e vivo em constante conflito com isso. Durante 6 anos (sendo que 1 ano em greve das federais) estudei algo que detestei, gostei e me conformei. Era para eu me formar no fim de 2005 e me formei no meio de 2006 por causa de um erro, que até hoje não sei se foi completamente meu. Mas depois desse acontecimento, eu resolvi rever várias coisas e uma delas foi com quem que eu me relacionava. Depois de tanto tempo eu resolvi olhar para as pessoas ao meu redor e descobrir quem realmente me fazia bem e quem me fazia mal.

Foi uma decisão muito difícil para mim porque eram anos de convivência quase que total. Cansei de deixar de ir as festinhas para ir na casa de amigos simplesmente ficar por lá sem fazer nada, pois eles eram simplesmente o meu mundo. Deixei de acompanhar outras pessoas para ficar com eles na estúpida ideia de que a amizade (deles) era tudo nessa vida. Só me lasquei com isso e nesse dia cheguei a conclusão que seria uma excelente me afastar de tais pessoas.

Fiquei distante um tempo, mas eu ainda guardava dentro de mim a esperança de que minha presença era "importante". Parece estranho, mas ficava olhando orkut do pessoal e ficava triste por saber que rolavam as festinhas e os encontros e todo mundo ia, menos este que vos fala, porque não era "lembrado". Existe aquela máxima de que "quem não é visto não é lembrado" e eu concordo com isso. Mas eu sempre achei muito interessante saber que tinha uma outra galera que quase nunca me via e sempre se lembrava de mim. Ou seja, tinha umas outras pessoas realmente querendo minha presença. Depois de um tempo, resolvi "fazer as pazes" com essa galera mesmo sem ter nunca brigado. Aos poucos, quis voltar ao convívio apesar de saber que minhas inseguranças para com eles ainda eram fortes e que ainda demorariam muito a desaparecer. É aquele papo de que "fulano passou em concurso e você não", ou " fulano ganha 10mil reais por mês e você não", e até o clássico "fulano tira nota boa e você não". Apesar de muito menos, isso me acompanha até hoje. Resolvi aceitar que isso é algo que não posso controlar, mas que eles eram boas pessoas. Até fevereiro desse ano.

Nessa época, um amigo mandou um email falando pra eu ir tocar numa festa que ia ter. Eram uns 5 aniversariantes, iriam ter duas bandas e eu tocaria meus sucessos sertanejos entre uma e outra. Cheguei, acabou a primeira banda e fui tocar, mas aí só toquei a primeira música, com o argumento de que não estava empolgando. "Mas pera lá, eu comecei agora!!!, E olha, tem 2 casais dançando, ninguém dançava antes!!!!" Não adiantou muito. Toquei mais uma de "consolaçao" e fui tirado, para dar lugar a uma banda que "empolgava" (e que realmente empolgou, sejamos honestos). Saí completamente arrasado, mas eu sempre faço o exercício de rever o que eu fiz. A única conclusão que eu cheguei era que fazer o que eles tinham feito era desnecessário. Mas NADA, reforçando, NADA me doeu mais do que aconteceu depois.

Cinco dias depois, eu estava na casa da minha tia querida que mora longe quando recebo a notícia que um primo que mora em outra cidade iria chegar, pois viria para um casamento. Resolvi fazer a pergunta que todos fariam: casamento de quem? Tal surpresa foi saber que era o casamento de um amigo e que todos foram chamados, mas adivinha quem ele não chamou? E ai eu pensei novamente onde estava o erro da história. Em mim, que passei um tempo longe, ou, no caso, nele, uma pessoa que eu considerava demais e que, talvez, não me considerava tanto? Constumo responder, pra quem me pergunta, que NADA, nenhuma mulher ou qualquer outra derrota que eu tive, me machucou tanto quanto esse episódio. Eu fiquei decepcionado com ele, mas na verdade eu estava era decepcionado comigo, pois eu me importava com alguém que não se importava tanto. Mais legal era que o tal casamento estava marcado para as 5hs da tarde, e as 3:30hs algumas pessoas me ligaram falando que eu não fui avisado porque ele tinha "esquecido". Interessante, avisa todo mundo, inclusive gente próxima a mim e de outras cidades, mas "esqueceu" este que escreve essas linhas.

Desde então eu não sei da vida deles. Minha presença era tão marcante que tirei todos eles do orkut, do MSN e saí do grupo de emails que a gente tinha, mas ninguém até agora percebeu. Talvez eles percebam agora, pois sei que alguns entram nesse blog. Isso desde fevereiro. Quando chegava o aniversário de alguém, eu pensava que era aniversário de fulando. "Por que você não liga e dá os parabéns?", vocês devem se perguntar. Simples, eu resolvi  que agora só vou fazer as coisas para as pessoas que se lembram de mim, e infelizmente eles quase nunca lembram. E esperei até hoje, 3 dias depois, pra ver se alguém me ligava. Claro, sou ingenuo por achar que eles fariam o que eu faria. Aliás, tenho absoluta certeza que, se alguém dessa galera ler esse texto, vai pensar que eu estou errado, afinal, para eles, eu nunca estive certo. Quem sou eu para pedir atenção, se sou um bibliotecário/pseudo comunista/atleticano no meio de engenheiros e/ou advogados/capitalistas selvagens/torcedores do eixo Rio-SP?

Mas toda vez que eu lembro desses episódios, recordo o que um amigo meu, Ricardo, companheiro de saídas e viagens interestaduais/internacionais, me disse logo depois da hora que eu saí da festinha: "Não liga, seus verdadeiros amigos somos eu, Tio Zé, Igor, e não essa galera que mal sabe que você saiu da festa". Era o mesmo que me disseram de 2002 pra cá, pessoas conhecidas ou não.

Sei lá, a vida tem sempre razão, já dizia Vinícius de Moraes...