segunda-feira, 13 de abril de 2009

O tapete da realeza é verde

Eram exatamente 15:32 de outro domingo de Páscoa que eu passei longe de minha família. Estava na capital mineira até ontem (dia 12/04) e, como não podia deixar de ser, resolvi prestigiar uma bela partida de futebol no melhor estádio do país, o Estádio Governador Magalhães Pinto.

Tudo começa quando você vai comprar ingressos. Nesses tempos de "profissionalismo" do futebol, podemos comprar ingressos via internet. Mas eu nunca confiei na internet a ponto de usar meu cartão de créditoc na compra de um ingresso. Fiz o mesmo no show do Iron Maiden aqui em Brasília. Todo mundo comprou seus ingressos na internet, mas eu fui lá no ponto de venda, desembolsei 130 pratas mas fiquei tranquilo com o ingresso na mão.

Chego a sede do Galo, no bairro de Lourdes em BH, e encontro uma companheira quase que insubstituível dos brasileiros: a fila. Nem era tão grande, mas ela estava lá. Eu, pacientemente, fiquei esperando minha vez e, surpreendemente, ela chegou rapidinho. Não demorei muito, comprei meu ingresso, e fui encontrar minhas tias e primos queridos em algum lugar de Belo Horizonte.

No dia do jogo, peguei um táxi e fui pro estádio. Interessante observar o caminho de Lourdes (um bairro cheio de árvores e lugares bacanas para sair a noite) ao Mineirão (passando, salvo engano, pela Avenida Antônio Carlos, cheia de prédios esperando ser demolidos para a duplicação da avenida). De um lado, você vê máquinas trabalhando, como se o progresso finalmente tivesse chegado naquela região tão carente. De outro, você ainda vê um monte de prédios caindo aos pedaços com alguns comerciantes esperando chegar a hora de ver seu estabelecimento no chão. Coisas das grandes metrópoles brasileiras.

(Peço aos amigos de BH que corrijam este blogueiro se o caminho e as obras estiverem incorretos.)

Chego ao estádio. Ligo pro meu pai e falo "Tô no Mineirão!". Essa frase, de uns tempos pra cá, ficou mais corriqueira, por isso entendo a "falta de empolgação" dele ao ouvi-la. Procuro o portão 14. Ultimamente, não tenho vontade de ficar na arquibancada devido as brigas corriqueiras nos estádios, então, vou de cadeira especial, o triplo do preço. Se contarmos que o preço da cadeira especial no Mineirão é um terço do preço do ingresso de Brasil e Portugal no Bezerrão, em novembro passado, veremos que não é tão ruim assim.

Indo em direção ao portão, escuto o seguinte diálogo:

Moça: - Quero uma cerveja!!
Rapaz: - Mas você nem bebe direito!!
Moça: - É que eu tô com o nariz entupido. Se tomar uma cerveja, relaxo e respiro melhor.

Coisas que só acontecem no futebol brasileiro.

Entro no estádio, ouço a maior do Mineirão cantar o hino do Clube Atlético Mineiro umas 20 vezes. Acho que essa é a música que eu mais cantei na vida. Depois falam que a torcida do Galo é menor e pior que a do rival. Eles tem que aprender muito ainda.

O jogo começa, disputado, mas logo o artilheiro do Brasil Diego Tardelli faz o seu 15º gol no campeonato, se isolando ainda mais na artilharia. Éder Luis marcou o segundo e foi comemorar abraçando o jovem Werley, zagueiro improvisado na lateral e vaiado pela torcida, tornando-se assim vice-artilheiro do campeonato. O Rio Branco deu uma pressão no Galo no segundo tempo, mas nada que assustasse.

Quarta é dia do Guaratinguetá se tornar o 11º adversário seguido batido pelo Galo na temporada. E com certeza não será o último. Rumo a Libertadores 2010!!!

Ah, aproveito o espaço para mandar um beijo pra minha vovózinha, que faria hoje 96 anos de idade. Bença Vó!!!

Paz, até amanhã...

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