segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O retorno

Geralmente eu escrevo sobre coisas que estão meio distantes da minha realidade para não deixar o blog com cara de "meu diário". Mas recentemente aconteceu uma coisa legal comigo. Precisamente no último domingo. Por isso queria dividir com vocês.

Fazendo um pequeno resumo da minha curta existência, eu estudei no colégio Leonardo da Vinci. Na verdade, eu queria ter estudado no Sigma, outro colégio aqui do DF, mas isso é outra história. Meu primeiro ano foi quase uma extensão da oitava série. O segundo foi mais legal, porque lá eu realmente conheci "gente nova", coisa que, aliás, atualmente eu luto pra acontecer mas no momento tá meio difícil. Enfim, conheci uma pancada de gente nessa época. Muitas tenho saudade, outras faço questão de estar longe. Uma dessas pessoas que eu tenho saudade é uma amiga que sumiu do mapa e conto nos dedos as vezes que eu encontrei com ela nos últimos 10 anos.

Nos falamos pela última vez no encontro de 10 anos da minha turma do Leonardo. Encontro esse, aliás, que me fez pensar realmente se eu fiz amizades no colégio. Por inúmeras vezes, eu fiquei "perdido", olhando o pessoal colocar a fofoca em dia. Ela, inclusive, por tudo que aconteceu e que nos fez ficar cada vez mais distantes, pouco falou comigo.

Fui à casa dela e conversamos bastante. Falamos dos planos, dos sonhos realizados e frustados, do que aconteceu nesse tempo. Sempre fui meio desligado, ou sei lá, acho que mudei muito a minha cabeça para não me assustar quando alguém me fala algo que não teria acontecido 10 anos atrás. Ela se casou, inclusive olhando o álbum do casamento dela, tinha uma foto de um dos rapazes que tocavam comigo e me largaram (clique aqui para entender). Tomou um susto quando contei que queria ter ido na Festa Trio (que aconteceu ontem aqui em Brasília) e que eu tinha uma banda de sertanejo. Eu me esqueci que, para ela, eu ainda sou muito "do metal", pois ela não acompanhou meu processo de mudança. Parecia que a gente era apenas conhecidos, que não tinhamos sido melhores amigos durante anos. Tinhamos muito para conversar, mas o tempo disponível era curto. Ela tinha seus afazeres, uma casa pra cuidar, provas pra corrigir, gatos. Eu voltei pra casa pra ver o jogo do Galo, que já estava em seu fim. E não perdi nada, aliás.

Mas no fim, aconteceu uma coisa que realmente me fez pensar. Lá pelas tantas, falei que talvez tenha ficado "do lado errado" na história que nos separou (pra quem conhece, é aquela de uma menina que fez um escândalo e dois casais se separaram). Nem me lembrava direito o que tinha acontecido, mas ela disse que ambos estavámos errados. Ambos estávamos no lugar errado, na hora errada com pessoas erradas. Concordei e o assunto morreu. Quando fui me despedir, dei um abraço nela. Ela virou pra mim e disse: "não some, sempre fomos só nós dois, lembra?". Era exatamente a mesma coisa que ela me disse quando a "bomba" estourou.

Durante anos tentei manter contato, mas, como disse, talvez eu tenha ficado "do lado errado". Os anos de companhias no mínimo discutíveis me trouxeram muito mais dor que alegria. Passei grande parte da minha vida tentando a "aprovação" de pessoas que nunca iriam me aprovar. Abri o olho recentemente, mas mesmo assim foi cada um pro seu canto. Por várias vezes quis telefonar pra ela nos momentos de angústia, mas tinha medo de ser inconveniente. Hoje sei que é praticamente impossível a gente voltar a ser um décimo do que erámos. E por mais que conversássemos, nunca conseguirei dizer a ela uma coisa que sempre quis mas nunca tive coragem:

Obrigado por tudo...

Quem sabe um dia ela leia esse blog...

Até a próxima...

4 comentários:

  1. é meu véio, nostalgia é assim mesmo! fico de cara como a gente mudou com o passar do tempo, ainda estamos mudando né... as vezes somos baratas tontas! heehhehe

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  2. Pois é, somos meio assim mesmo. O chato dessa historia é q nao dá pro pessoal voltar a ser como antes. Passou, é inutil tentar reviver algo q acabou tem tanto tempo ne?

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  3. É assim, a vida é cheia de encontros e desencontros...

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