quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O jogo

Todo mundo sabe que futebol se vê no estádio com radinho de pilha do ouvido. Sentado não nas cadeiras numeradas mas sim na arquibancada pra sentir mais emoção. Já fui em quase todos os setores disponíveis nos estádios por aí e garanto que o mais divertido foi, SEM DÚVIDA, quando eu ia de geral nos jogos do Gama. Quando vou ao Mineirão, tenho certo medo da chamada torcida "organizada" e vou de cadeira especial, pagando BEM mais caro, mas já sinto que posso ficar mais tranquilo quanto a isso. O Mineirão é um estádio que, apesar dos problemas, você consegue assistir o jogo de forma tranquila, vamos assim dizer. O mesmo não se pode dizer do Serejão, "estádio" do Brasiliense.

Ontem estive nesse estádio junto com amigos e meu pai para assistir Vasco e Brasiliense, pela Série B do Brasileirão 2009. Primeiro erro: se você mora no Plano, não vá de van/carro. Vá de metrô. Tem uma estação que sai quase que na entrada do estádio. Como fui com uns amigos, fechamos uma van e fomos todos juntos para o mesmo setor no estádio. Quando chegamos na entrada da EPTG, pegamos um engarrafamento que nos fez ficar pelo menos uns 20min PARADOS. O jogo já estava perto de seu início quando chegamos na porta do estádio. Quando entramos, percebemos que tinha mais gente que espaço. Tenho a mais absoluta certeza que, se o estádio cabia 25mil pessoas, tinha pelo menos 10mil a mais.

Estavámos com ingressos para o Setor Sul, só que o Setor Sul não cabia mais ninguém. Tinha gente na área de entrada da arquibancada. Repetindo pra enfatizar, não cabia mais ninguém. De repente olhamos para a grade e percebemos que tinha uma pequena falha que dava passagem para o setor Oeste. Passamos, mas chegando lá não tinha muito espaço também. Olhando para a arquibancada, não conseguíamos ver nenhum lugar vago, então o jeito era ficar perto da grade, que não era muito melhor não. Ou seja, meu pai, um senhor de 64 anos, teve que ver o jogo em pé. Mas não pode reclamar porque idoso é só a partir de 65 anos, ou seja, só ano que vem. Lembrando que, por causa dessa demora, ficamos sem ver o gol do Vasco (cliquei aqui para ver).

Lá pelas tantas, uma alma caridosa conseguiu um espacinho daqueles bem pequenos pro meu pai subir UM MÍSERO degrau e ver o jogo com mais facilidade. Uns minutos depois foi minha vez. Mas, mesmo assim, não dava pra ver quase nada. Isso porque o pessoal que ficava na grade colocava crianças nos ombros e atrapalhava a visão de todo mundo, não só a minha. E na hora de ir embora, novamente demoramos a sair porque, sabe-se lá quem, abriu só metade do portão. "Estacionamento" do estádio completamente às escuras, cheios daqueles flanelinhas que enchem a cara enquanto estão no "trabalho". Inclusive um me abordou e ENCHEU meu saco.

Hora da saída, mais um engarrafamento. Pegar engarrafamento as 7horas da noite já um inferno, imagina as 11 e meia da noite depois de ficar mais de 2hs em pé. O rapaz da van ainda preferiu pegar um caminho "diferente" e atrapalhou horrores o nosso retorno pra casa. Chegamos em casa uma da manhã. E no fim, se você perguntasse pra mim o que achei do jogo, eu responderia simplesmente que não tinha visto, apesar de estar no estádio.

Já que não tem jeito de voltar atrás, eu torço muito para que essa Copa de 2014 mude a mentalidade tanto de dirigentes quanto de torcedores. Aceitar aquelas condições só pra assistir um jogo de futebol demonstra toda a passividade do povo brasileiro. Como vão reformar os principais estádios, tomara que resolvam arrumar os outros também, nem que seja para ter o mínimo de condições. Enquanto isso, não irei ao Serejão tão cedo.

Até a próxima...

2 comentários:

  1. ainda bem q eu não fui! é muito desrespeito, tá doido!
    vou em goiânia, mas não dou dinheiro pra esse corrupto safado q é o luiz estevão!

    galo na sulamericana e olhe lá!

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