sábado, 25 de julho de 2009

E no lar dos nobres senadores 2 - a missão

Às vezes acho que o Brasil é o país da hipocrisia. Depois de ler esse texto, achei que somos um país um tanto quanto estranho.
Já me pronunciei algumas vezes sobre o nobre senador e ex-presidente José Sarney. Se quiser saber, cliquei na tag "José Sarney" ai a direita para ver todas as postagens sobre o tema. Não acho e nunca achei que esse nobre senador trabalhasse pelo bem do Amapá, afinal ele se elegeu por esse estado. Podemos avaliar seu mandato de senador pelo desenvolvimento que aconteceu neste estado a partir da eleição dele.

Mas o que mais me chama a atenção não são as atitudes de Sarney. É o falso moralismo com que os meios de comunicação e outros senadores passaram a tratar o tema. Sarney está na vida pública há 40 anos, quando conseguiu desbancar outra família na eleição no estado. Mas, como geralmente acontece no Brasil, ao invés de moralizar, aproveitou-se da boquinha que conseguiu. Nesse caso, trocou-se os nomes,mas as práticas continuaram as mesmas.
E é exatamente isso que acontece no Senado. Sarney é o presidente, o mais visível e deve ser punido. Mas somente ele? Heráclito Fortes empregava a filha de FHC em seu gabinete e ela "trabalhava em casa" e raramente aparecia por lá. Segundo o Noblat nesse link, pelo menos 5 senadores possuem servidores que chegaram no Senado sendo estagiários da gráfica. Agaciel Maia mandava e desmandava desde 1995, quando se tornou secretário-geral. Luis Nassif lembra que durante o governo Sarney ele sempre pedia a benção a Roberto Marinho (e aproveita para dar uma cutucada no Lula). Ou seja, todas essas atitudes são conhecidas desde muito tempo, por que só agora vieram a tona? Sarney é colunista da Folha há muitos anos, prorrogou o Plano Cruzado para ajudar a eleger candidatos do PMDB e que custou muito a economia nacional, mas agora, para a Folha, ele virou o câncer da corrupção no Brasil?

Ai que fica a pergunta: Por que só agora? Vou bater nessa tecla até que esse caso acabe. Ou derrubam Sarney e todos os outros, ou ficará provado que a intenção não é de moralizar coisa nenhuma, é só desestabilizar. E ai, trocam-se os nomes mas as práticas continuam. Como sempre.

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