quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

[MÚSICA] Dica musical do dia: Pedro Luis e a Parede

Confesso que não estou ouvindo muitas bandas nacionais. Mas é só olhar as bandas do nosso 'mainstream' que vocês vão notar que não estamos numa boa fase. Vide: NxZero, Cine, Pitty, enfim, bandas que têm em comum aquele produtor que só pensa em dinheiro chamado Rick Bonadio, aquele mesmo que aparece falando um monte de besteira em um programa da Globo. Triste, mas vamos esperar o que essa nova década nos reserva, certo? Ainda tenho esperança.

Bom, hoje vou falar sim de uma banda nacional! Pedro Luis e a Parede é uma banda puramente de música popular brasileira! Gosto muito das letras do Pedro e mais ainda dos arranjos que sua banda, a Parede, faz.

Gosto de destacar o trabalho que eles fizeram com o Ney Matogrosso, chamado Vagabundo. Simplesmente genial! Nesse álbum você vai perceber o tanto que o violonista da Parede toca, o cara é monstro e muito criativo, inserindo dedilhados lindos em algumas canções e guitarras cheias de efeitos em outras, vale a pena ouvir.


No mais espero que vocês estejam gostando da coluna e das dicas! Até quarta que vem e aquele abraço.

Filipe

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

[FUTEBOL] E começaram os Estaduais

Bem amigos do futebol!!! Podem colocar a músiquinha do Canal 100 para tocar!! A peleja começou, agora só termina em dezembro. Como vivemos no país do futebol, estávamos ansiosos pelo início dos campeonatos estaduais. Ou não...

Afinal, para que servem os estaduais? Antigamente, sem Tv e sem internet, o futebol era extremamente regionalizado. Tinhámos times do RJ, SP, MG, RS, BA, PE, CE, entre outros. Ou seja, torcíamos para os times de nossas cidades. Por isso, você vai a Belo Horizonte, por exemplo, e constata que lá a maioria das pessoas torce pro Galo. Se você for para Salvador, a maioria das pessoas torce pro Bahia. Se for para Porto Alegre, para Grêmio ou Internacional (aqui é empate técnico, ao contrário das outras cidades). Ou seja, torcíamos para as equipes que estavam ao nosso lado, como o time do bairro, o time da cidade, o time dos pobres, o time dos italianos. Viviámos o futebol mais de perto.

Depois que o rádio (leia Rádio Nacional) chegou com mais força no interior do país, o futebol passou a ser acompanhado a distância. Isso aconteceu porque a torcida agora passou a ser por um dos 4 grandes do Rio, onde a rádio estava instalada. Com a Tv se popularizando na década de 80, isso ficou ainda mais evidente. Década que o Flamengo ganhou tudo e mais um pouco, com a Tv Globo em seu auge, foi mole para fazer dele o time mais popular do Brasil. Se não fossem Zico e Roberto Marinho, o Flamengo não seria metade do que é hoje.

Coincidência ou não, depois dessa época os estaduais passaram a ser deficitários e pouco atrativos (tirando, claro, os campeonatos do Eixo Rio-SP). A mídia e a torcida passaram a não ser dos times do bairro, da cidade ou de uma parte da população local, mas para os times desses dois estados. E passamos a comemorar o título de um clube que nada tem a ver com a gente ou com nosso estado. E com isso, o futebol não se desenvolveu em outros lugares como se desenvolveu em outros estados (leia RJ, SP, MG e RS, os maiores centros).

Ontem, aconteceram as primeiras rodadas dos estaduais em 3 desses estados, somente Minas Gerais ficou de fora. Pelo que se viu, é bem provável que nada mudará nesses estaduais, que hoje servem de pré-temporada para o Brasileirão 2010. Bem que a CBF podia organizar seu calendário onde os times pudessem disputar os estaduais e o nacional na mesma data. Com mais times em atividades, mais times e jogadores, a qualidade tende a aumentar. Mas pedir algo para a CBF fora da primeira divisão e da Seleção não é algo saudável a se fazer, dá muita dor de cabeça...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

[POLÍTICA] Pensem no Haiti...

As imagens correram o mundo. Praticamente uma cidade INTEIRA foi destruída por um terremoto de 7,9 graus na escala Richter. Prédios importantes, como a sede da ONU e o Palácio Presidencial estão em ruínas. Todos os países do mundo juntam forças para reconstruir outro país, o Haiti, o mais pobre do mundo se você tirar o continente africano da lista. O número de mortos pode chegar a 50mil, mas ninguém duvida que possa ser o dobro disso. E se isso acontecer, passa a ser a pior tragédia da história. Mas, o que acontece no mundo daqueles chamados "bem esclarecidos" (leitores da Veja, Folha, Estadão, O Globo, etc) de nosso país?

Simples. Esquecem que lá morreram milhares de pessoas, culpam o governo federal (precisamente a figura do Presidente) e reclamam que o mesmo não deu atenção as tragédias de Angra dos Reis, coincidência ou não, paraíso dos chiques e famosos do Brasil. Por isso, que se lasquem os pobres do Haiti. Esquecem que o Brasil lidera a força de paz na ONU. Esquecem também muitas das pousadas estavam situadas em locais irregulares pois, para agradar ricos e famosos, como o apresentador Luciano Huck (que tem até uma lei "batizada" com seu nome), prefeitura e estado do Rio sancionaram leis que permitiram as pousadas se instalarem naqueles locais. Ou seja, para os ricos nossa solidariedade, para os pobres "só lamento"?

Mas nem se lembraram, por exemplo, da maravilhosa proposta do candidato a presidente José Serra que, num momento que lembra aquela história do "se não tem pão, que comam brioches" (além de tirar verbas para cuidar de enchentes e/ou alagamentos), propôs que o município de São Luiz do Paraitinga, que teve TODO seu centro histórico destruído, mantivesse o carnaval da cidade. Construir casa, garantir acesso a água, reconstruir o centro histórico da cidade que garantia turismo e renda à cidade, nada disso passou pela cabeça do "estadista".

No fim, é sempre mais do mesmo. Um bando de gente querendo se aproveitar da tragédia alheia. Tvs do mundo mandam reporteres para filmar/narrar/escrever as coisas mais trágicas possíveis. Mas ajudar, ninguém está muito preocupado. Por isso, faço a divulgação das contas de entidades que estão juntando fundos para o Haiti. Quando souber onde podemos doar roupas e remédios, eu informo aqui.

Nome: Embaixada da República do Haiti
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1606-3
CC: 91000-7
CNPJ: 04170237/0001-71

Nome: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Banco: HSBC
Agência: 1276
CC: 14526-84
CNPJ: 04359688/0001-51

Nome: Movimento Viva Rio
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1769-8
CC: 5113-6
CNPJ: 00343941/0001-2


Ajudem o Haiti!!!!

[FÓRMULA 1] Changes

Bem, como disse no post anterior, a temporada 2010 vem cheia de expectativas. Primeiro é claro pela volta de Schumacher a principal categoria de automobilismo. Ele já declarou que voltou para ganhar pelo menos mais um título e não dá para duvidar da palavra de um hepta-campeão. Enfim, fora Schumacher há outras novidades para essa temporada.



Schumacher já como piloto oficial da Mercedes



Uma das mudanças mais significantes será o sistema de pontuação. Agora, dez pilotos pontuarão por etapa. O vencedor da corrida ganhará 25 pontos, o segundo colocado 20, o terceiro 15, o quarto 10, o quinto 8, sexto 6, sétimo 5, oitavo 3, nono 2 e décimo 1 ponto. A ultima alteração feita no sistema de pontuação foi no auge da era Schumacher, quando a diferença entre o primeiro e o segundo colocado foi diminuída de 4 para 2 pontos.


A outra mudança ocorrerá nos treinos. Ele continua dividido em 3 partes, porém, oito pilotos serão eliminados no Q1 e Q2 ao invés dos atuais 5, devido ao aumento no número de pilotos no grid, já que novas equipes entrarão no grid (depois falo mais sobre isso). Algo positivo como já falei por aqui, é que a última parte do treino não será mais aquela chatice sem fim dos pilotos queimando combustível para ficar mais leve e fazer a volta rápida para pole, que no fim não era a volta mais rápida do fim de semana, alcançada no Q2, quando os pilotos corriam com o taque vazio. Agora, todo mundo vai levinho para o Q3, já que a corrida vai começar com todo mundo de tanque cheio porque a outra mudança é que não a haverá mais reabastecimento durante as corridas, só troca de pneus, prática que deixou de acontecer em 93.


Agora as equipes novas, que são uma grande incógnita. Quatro equipe se increveram ano passado para correr esse ano: Lotus, Campos, Virgin e USF1. Dessas só a Lotus e a Virgin tem sua dupla de pilotos confirmada, mas para mim a USF1 é a que tem menos credibilidade, informações muito superficais, pois estamos quase na metade de janeiro e nada de confirmação de pilotos. Sei não, mas acho que ela não larga dia 14 de março, vamos ver.


Outras mudanças técnicas como o aumento do peso total do carro para 620 Kg, o fim das calotas aerodiâmicas e do KERS. Para quem gosta de torcer pelos brasileiros, teremos mais dois no grid: Bruno Senna que correrá pela Campos e Luca di Grassi pela Virgin. Eu pessoalmente me empolguei mais com a contratação de Kamui Kobayashi pela Sauber, que detonou no fim da temporada passada substituindo Timo Glock no GP do Brasil e de Abu Dhabi.


Bem, dia 14 de março começa a temporada no Bahrein, até lá ainda tem os testes em fevereiro. Vamos ver o que rola até lá.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

[MÚSICA] Dica musical do dia: El ten eleven

Banda de Los Angeles, CA.

El Ten Eleven é 'Electro, Indie e Rock'.

Para mim El Ten Eleven é música no seu conceito mais básico. Som que transmite emoção, técnica e criatividade. Originalidade em forma de notas e compassos flutuando em direção aos nossos ouvidos, passando pelas sinapses e enfim chegando no universo. Brilhante, infinito e fascinante. Para mim El Ten Eleven é uma banda para quem gosta de música.



Como vocês puderam notar assistindo o vídeo acima, El ten eleven é uma banda de dois caras que toca música instrumental. O incrível é que esses dois caras soam como uns quatro ou cinco graças as tecnologias desenvolvidas para músicos como: super pedaleiras da Boss, guitarra e baixo em um só corpo de instrumento, samples pré-programados e acionados na hora certa, entre outras coisas. E ai, curtiram?

Abraços,
Filipe


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

[MÚSICA] 25 anos de Rock in Rio

Às vésperas de um show do Metallica em São Paulo, outro do Guns N' Roses e outro do A-Ha (ambos em Brasília), muita gente ainda se pergunta como eram aqueles tempos em que escutar rock no Brasil era coisa do Tinhoso. Antigamente (ou não), quem usasse camisas de banda com aqueles monstrengos horrorosos tipo o Eddie do Iron Maiden estava fadado ao mármore do inferno juntamente com todos os seus amigos que insistiam em, além de se vestir de (e somente de) preto, ainda resistiam aos padrões de beleza vingentes tentando deixar seus cabelos um pouco maiores que o limite do aceitável.

Até que, num hoje distante ano de 1985, o Brasil fervia. Ainda eram tempos de ditadura. O povo brasileiro tentou votar pra presidente já em 1985, mas as "Diretas Já" não foram aprovadas, frustando milhões de pessoas. A Copa de 1982 tinha passado e o futebol-arte do time de Telê tinha ficado pra trás. A música de protesto, com Chico, Caetano, Vandré, Gil, já não falava para os jovens. Eles (os jovens) procuravam novidades, e elas apareceram na pele da Blitz, Lulu Santos, Barão Vermelho, entre tantos outros. E um dia todos eles tocaram no mesmo festival, mudando pra sempre a mentalidade da cultura nacional e colocando de vez o Brasil no mapa dos shows internacionais.

Na mesma época, Tancredo Neves era eleito presidente no colégio eleitoral derrotando Paulo Maluf, velho oligarca paulista que ainda hoje consegue se eleger num estado que se diz o mais desenvolvido do país. A esperança de um Brasil melhor crescia, embalado pelo som de grupos que faziam os jovens voltarem a sonhar, coisa que a ditadura tinha cortado. Em dado momento, Lulu Santos cantou que via um novo começo de era com gente fina. Em outro, Cazuza e o Barão Vermelho afirmavam que estávamos por um triz de ver o dia nascer feliz de novo. A esperança ressurgia nas canções de uma nova geração.

No fim, um milhão de pessoas assitiram aos shows do Rock in Rio em 1985, um festival que deixou saudades. Mesmo depois de tanto sucesso, a próxima edição do festival só aconteceu 6 anos depois, e a terceira só aconteceria 10 anos depois, sem contar, é claro, com a versão "portuguesa" da franquia. Vale a pena assistir trechos dos shows do Queen, Barão Vermelho, Iron Maiden, Paralamas do Sucesso e da Blitz (clique nos nomes para ver algumas imagens), considerados os melhores do festival. Depois disso, praticamente todas as bandas voltaram para outras apresentações. A Geração anos 80 ganhou a mídia e entrou para a história. O termo "pop" finalmente foi implantado no país. E tudo porque, num dia de janeiro de 1985, o rock reinou absoluto no Brasil.

domingo, 10 de janeiro de 2010

[LITERATURA] O Filho da Revolução

Todos conhecem a obra de Renato Russo, tanto em carreira solo quanto a frente da Legião Urbana. Um dos principais artistas (senão o principal) da conhecida geração dos anos 80, Renato morreu em decorrência da AIDS em 1996, deixando órfãos milhões de jovens que ouviam suas canções (inclusive este que vos escreve). Mesmo nos deixando há 13 anos, sua obra continua atual e muito bem conhecida. Seus sucessos ainda tocam nas rádios e jovens de 13 anos, que nasceram no mesmo ano que ele morreu, ainda vestem uma camiseta da banda e escutam seus sucessos.

O livro, publicado em 2009, mostra basicamente a vida de Renato desde seu nascimento até o fatídico show da Legião no Mané Garricha (em breve Estádio Nacional de Brasília). Nesse show, aconteceram pancadarias, prisões, feridos, enfim, tudo que os ultra conservadores queriam para condenar a juventude e o rock and roll a queimar no mármore do inferno. Porém, o texto mostra, além da vida do artista, a história desta capital que nós, brasiliense, amamos odiar.

Fazendo um paralelo, Carlos Marcelo mostra Renato crescendo junto com Brasília. Curiosamente, os dois nasceram no mesmo ano (1960), passaram por períodos difíceis na adolescência (a ditadura militar durante a década de 70 na capital e a doença de Renato, a epifisiólise, que o deixou em uma cadeira de rodas por alguns meses) e tentaram sair do marasmo que se encontravam na música e nas artes. Brasília viu o surgimento de bandas, artistas e poetas que cantavam sua visão da capital construída no meio do nada. Renato entrou de cabeça nos livros e discos, sendo considerado um gênio tanto por seus amigos próximos quanto por milhões de anônimos que escutaram suas canções.

Vale também destacar fatos que nos fazem entender a Brasília daqueles tempos. A Roconha, famosa festa que virou letra em "Faroeste Caboclo", estava em sua segunda edição quando a PM chegou para acabar com a festa e levar todo mundo  em cana. Depois de todo mundo preso, o senhor delegado avisa pra quem quiser ouvir: "Quem é filho de militar?" Aqueles que se apresentam escutam aquilo que queriam deste o começo: "TÁ TODO MUNDO LIBERADO!" Pois é, depois tentem me convencer que os militares queriam a "democracia".

O livro chega praticamente ao seu final quando a Legião sai de Brasília depois daquele show em 1988 em que era pra ser a celebração do sucesso da banda, mas se transformou naquilo que Renato tinha mais medo: uma versão brasileira para aquele filme dos Stones, "Gimme Shelter".

Para quem quer entender o que acontecia no país, e principalmente em Brasília, durante aqueles anos de chumbo, "Renato Russo, o Filho da Revolução" é uma excelente pedida . Afinal, desde aquele tempo o Brasil era chamado de "país do futuro." Mas mesmo depois de tantos anos, parece que o futuro ainda não chegou.

(imagens retiradas do site da Revista Veja)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

[FÓRMULA 1] O campeonato começa antes da primeira corrida

A temporada 2009 de Fórmula 1 surpreendeu não surpreendendo ano passado. Eu diria que ela começou a surpreender antes mesmo de começar, já na pré-temporada na Espanha quando os carros brancos sem nenhum patrocínio da Brawn, antiga Honda se destacaram nos dois testes naquele mês de março.


Quando a temporada de 2008 acabou, a saída da Honda da F1 era dada como certa, apesar de ter o competente Ross Brawn no comando da equipe, que durante todo o frustrante ano dava declarações de que estavam investindo e trabalhando no carro para o ano seguinte. Ninguém acreditou muito, inclusive eu, que já tinha ouvido essa história no ano anterior.


Enfim, 2008 acabou, a Honda realmente tirou o time de campo devido a crise mundial e Ross Brawn assumiu o comando do time. Resultado: Brawn calou a boca daqueles que não acreditavam quando ele dizia que estava investindo no carro para a próxima temporada, dominou todos os treinos com Barrichello e Button no comando dos carrinhos brancos.


Barrichello no seu BGP 001 sem nenhum patrocínio em Jerez de La Frontera , pré-temporada, início de março de 2009.


A temporada de 2009 foi um banho de competência de Brawn e sua equipe , principalmente na primeira metade da temporada, o que praticamente definiu o campeonato. A Brawn conquistou os títulos de pilotos e de construtores. O que digo é que depois da surpreendente pré-temporada de 2009, é que prestem atenção na pré-temporada de 2010. Acredito que a Brawn, agora Mercedes, ainda vem forte, ainda mais com a experiência de Schumacher no time. Mas acredito que Ferrari e McLaren aprenderam a lição e desenvolveram bem seus carros para esse ano, fora a Red Bull, que foi a melhor equipe da segunda metade do campeonato do ano passado.


A temporada desse ano promete: volta de Schumi, mudança no sistema de pontuação, a proibição do reabastecimento durante a corrida e mais três equipes novas. Ao que tudo indica, os primeiros testes serão agora em fevereiro. Será que teremos mais uma boa surpresa esse ano?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

[POLÍTICA] Qual é o medo dos militares?

Em março de 1964, o Brasil acordou com um golpe de estado em curso. Os militares resolveram que João Goulart não merecia continuar presidente do Brasil. Eleito vice-presidente (sim, a legislação eleitoral permitia a eleição de vice-presidente na época) da república junto com Jânio Quadros em 1961, Jango assumiu após a renúncia de Jânio, que até hoje não foi muito bem explicada. No fim das contas, Jango deposto, 20 anos de ditadura no país e um atraso sem tamanho para deixar o Brasil "livre dos comunistas".

Porém (e sempre existe um porém), eles deixaram o país longe do comunismo com métodos pouco ortodoxos. Tortura, exílio, assassinatos (e suícidios suspeitíssimos, com 5 tiros na cabeça do suicida) marcaram esse período negro do país. Todos sabiam disso e todos ficavam calados porque se falassem alguma coisa, o risco de morrer era grande.

Os militares sempre negaram tais práticas. O que é justo, se ele realmente não fizeram tais atos. Mas, se não fizeram, por que o medo da apuração? Por que, ao invés de dizer que deveríamos fazer justiça aos militares que não tiveram nada com torturas e prisões arbitrárias, eles ficam com medo e chamam de revanchismo essas apurações? Todos tem rabo preso e culpa no cartório. Para mim, até Nelson Jobim tem certa parcela de culpa. Se não tivesse, por que pediria demissão?

O Brasil é, talvez, o único país da América do Sul que ainda não julgou seus torturadores. Argetina tenta julgar, Chile tenta também, Uruguai idem. Enquanto os últimos remanescentes desse regime gozam de prestígio, as famílias de torturados e desaparecidos continuam sem respostas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

[MÚSICA] Dica musical do dia: Small Brown Bike

Olá pessoas, meu nome é Filipe e vou aparecer aqui nas quartas-feira. Vou dar algumas dicas de bandas. Algumas já conhecidas do público e a maioria nem tanto. Hoje vou apresentar uma banda bem legal lá de Marshall, Michigan, USA chamada Small Brown Bike.



Com certeza a base dessa banda é o bom e velho punk rock. Seus integrantes deviam ouvir muito Ramones quando eram mais novos. Mas o legal é que a banda não fica só nisso, em algumas músicas vocês vão notar alguns experimentalismos. Gosto muito das guitarras deles, são simples e marcantes.

No Myspace da banda você vai poder ouvir algumas canções que passam por toda sua existência. Desde punk rocks mais crus até a viagens psicodélicas. Destaco duas canções: A declaration of sorts e See you in hell.

Abraços e até quarta que vem.

Filipe

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Feliz 2010!!!

Olá amigos!!! O blog volta nesse novo ano que se inicia. Como novidades, estou negociando com outros colaboradores para que o Simples Capital volte a ter constantes atualizações em 2010.

Para começar o ano, eu digo que, pela primeira vez na minha vida, vou me basear na astrologia para que meu ano novo seja melhor que ano velho. Não sei porque nem onde, mas li em algum lugar que eu deveria tirar as energias paradas da minha vida. Sabe-se lá porque, me lembrei das coisas que não uso. E por causa disso, estou me desfazendo de vários livros que não li. Amanhã ou depois, colocarei nesse blog a lista dos livros que estarei me desfazendo, por uma pechincha.

Outra coisa é que o Galo resolveu pensar grande e contratou Luxemburgo. Teria sido uma boa? Sei lá, Luxemburgo há muito não ganha nada, mas é o técnico mais vitorioso do futebol nacional. A única coisa que espero é que, quando o Galo estiver precisando da vitória, ele não faça que nem o Celso Roth e resolva colocar no time na retranca que no ataque. Particularmente acho a melhor contratação do Galo nos últimos tempos. Tomara que valha o investimento.

Passei o ano novo em Cabo Frio. Ao contrário da minha viagem de 10 anos atrás, essa foi extremamente agradável. Estive com pessoas fantásticas e estou descobrindo que passar o reveillon em lugares públicos pode ser uma experiência pra lá de agradável. Nunca pensei em assistir os fogos da virada numa praia cheia de gente. E tinha MUITA GENTE na hora. Acho que ano que vem irei pra algum esquema assim de novo.

No mais é isso, vamos começar o ano com um novo blog. Tomara que meus colaboradores possam me ajudar nesse ano... :)